Isopletas brasileiras. Entenda porque é importante compreendê-las!

Uma instalação de painéis fotovoltaicos pode passar até uma década cumprindo sua função até que, em um determinado dia, pode ser danificada por ventos fortes e repentinos. Nesse momento, na apuração de responsabilidades, será avaliado se a empresa responsável pela instalação da estrutura levou em conta o nível das isopletas da região onde aconteceu a instalação.

Isopletas são linhas de contorno que representam valores constantes de uma grandeza meteorológica, como a velocidade do vento ou a precipitação pluviométrica. Em todo o mundo. E também no Brasil, elas são uma ferramenta importante para a análise e o dimensionamento de estruturas, principalmente em projetos de engenharia civil, incluindo a instalação de fazendas solares e instalação de painéis em telhados e coberturas.

Pelas isopletas brasileiras é possível verificar que algumas regiões, como algumas cidades do Sul, merecem especial atenção, muitas vezes exigindo reforços no processo de montagem da estrutura.

Como a carga dos ventos afeta as estruturas?

A norma NBR 6123, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), define as isopletas para o dimensionamento de estruturas sujeitas a ações do vento no Brasil. A norma estabelece que as isopletas devem ser calculadas a partir de dados de velocidade do vento em diferentes alturas, obtidos em estações meteorológicas, e devem ser representadas em um mapa, com valores de velocidade do vento indicados em cada linha de contorno.

Modelo matemático

A NBR 6123 estabelece um modelo matemático que leva em consideração diversos fatores, como a rugosidade do terreno, a altura da estrutura em relação ao solo, a velocidade básica do vento e as condições climáticas locais.

As isopletas também são utilizadas para a determinação de parâmetros como a pressão dinâmica do vento e o coeficiente de pressão para diferentes perfis de construção. Essas informações são fundamentais para montagem de estruturas resistentes e seguras.

É importante ressaltar que as isopletas devem ser atualizadas regularmente, com base em dados meteorológicos recentes, para garantir que as estruturas sejam dimensionadas com precisão. Além disso, é fundamental que os projetistas tenham conhecimento e experiência na interpretação e aplicação das informações contidas nas isopletas.

Conheça os cinco níveis das isopletas

As isopletas brasileiras se referem às linhas que conectam pontos no mapa que têm a mesma probabilidade de ocorrência de ventos de determinada velocidade. Essas isopletas são categorizadas em cinco níveis, indicando diferentes faixas de velocidade do vento.

1. Nível 1: Isopleta correspondente a ventos de 2,0 m/s (metros por segundo) de velocidade média anual. Esse nível representa a menor velocidade de vento considerada nas isopletas brasileiras e geralmente ocorre em áreas urbanas e em regiões geograficamente protegidas.

2. Nível 2: Isopleta correspondente a ventos de 4,0 m/s de velocidade média anual. Essa faixa de velocidade é comum em muitas partes do país.

3. Nível 3: Isopleta correspondente a ventos de 5,5 m/s de velocidade média anual. Essa faixa de velocidade de vento é mais substancial e geralmente é considerada adequada para a instalação de parques eólicos comerciais.

4. Nível 4: Isopleta correspondente a ventos de 7,0 m/s de velocidade média anual. Essa é uma faixa de velocidade de vento.

5. Nível 5: Isopleta correspondente a ventos de 8,5 m/s de velocidade média anual. Essa é a faixa de velocidade de vento mais alta considerada nas isopletas.

Escala de Beaufort

A intensidade do vento é classificada em 17 níveis. Ela é medida por uma escala criada pelo pesquisador francês Beaufort. No Brasil o danos já podem ser sentidos a partir do nível 7, classificado simplesmente como “Vento Forte”

Necessidade de compreender as isopletas

Existem três motivos para as empresas estudarem e compreenderem bem o mapa das isopletas, especialmente a situação de suas regiões de atuação:

1. Otimização do Desempenho: Ao adaptar a instalação dos painéis solares de acordo com os padrões de vento locais, as empresas podem melhorar o desempenho geral de seus sistemas fotovoltaicos. Isso resulta em uma produção de energia mais consistente e confiável ao longo do tempo, aumentando a eficiência energética e reduzindo os custos operacionais.

2. Resiliência e Durabilidade: Entender os padrões de vento em uma determinada região é essencial para garantir a resiliência e a durabilidade dos sistemas fotovoltaicos. Instalar os painéis de acordo com os requisitos de carga de vento específicos da área pode ajudar a prevenir danos causados por condições climáticas extremas, como ventos fortes ou tempestades, aumentando a vida útil dos equipamentos.

3. Conformidade Regulatória: Em muitas jurisdições, existem regulamentos e diretrizes específicas relacionadas à instalação de sistemas fotovoltaicos, incluindo requisitos de engenharia estrutural e padrões de resistência a ventos. Ao entender e seguir as isopletas de vento locais, as empresas podem garantir a conformidade com essas regulamentações, evitando potenciais penalidades e problemas legais.

A equipe Solar Group inclui a presença de técnicos que podem assessorar os clientes sobre as soluções estruturais adequadas a cada região brasileira. Além disso, oferece os sistemas de instalação mais eficientes, resistentes e duráveis do mercado.

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