Dois mil e vinte e quatro está sendo um grande ano no setor de energia solar. As estimativas são de que até o fim do ano haja um crescimento total de 11 gigawatts (GW) na potência energética fotovoltaica brasileira.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), atualmente, a energia solar é a segunda fonte energética mais utilizada no país – já representa 19,4% de toda a matriz, ficando atrás apenas da energia elétrica. Em comparação com o ano passado, até agosto o país já obteve 9 GW a mais.
Um dos fatores que contribui para que o Brasil tenha tanto destaque nesse setor se dá pelas condições climáticas. O fato de o país estar localizado em região de clima tropical, o torna geograficamente favorável para receber luz solar em qualquer estação do ano. Com isso, a abundância desse recurso não se trata de uma preocupação para o mercado da energia solar.
Apesar do crescimento exponencial desse mercado, grandes usinas, EPCistas e integradores destacam que ainda existe um déficit de mão de obra qualificada. Essa dificuldade, que se manifesta tanto na construção de usinas, como na construção de sistemas ou instalação de placas solares, é um quesito prejudicial para o desenvolvimento ágil e contínuo de novos projetos voltados ao setor de energia solar fotovoltaica.
No Brasil, não é obrigatório título de graduação para atuar no setor, entretanto, existem algumas exigências pré-estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Estas instituições requisitam formação superior em engenharia elétrica com registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) para a assinatura dos projetos de energia solar fotovoltaica.
Além disso, algumas empresas dão prioridade para a contratação de profissionais com certificado em eletrotécnica e de engenheiros eletricistas. Geralmente, essas integradoras prezam pela qualidade do serviço, desde a elaboração do projeto até os últimos reparos na instalação do sistema. Para a maioria das integradoras, é fundamental que toda a equipe tenha conhecimento de todas as etapas do projeto, a fim de simplificar o processo, entregar um sistema completo dentro do prazo e entregar um trabalho de excelência.
Veja algumas oportunidades de profissionalização
Como forma de reverter a falta de mão de obra e impulsionar o setor, algumas empresas investem em programas de formação técnica para o setor de energia solar. Instituições como o Sebrae oferecem uma gama de cursos profissionalizantes, workshops e oficinas gratuitos em diversos estados do Brasil.
Cursos oferecidos pelo Sebrae:
Oca Energia
Capacitação on-line oferecidos pelo Canal Solar:
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Capacitação de nível intermediário (áreas específicas, como Tributos, Vendas, Legislação, etc.)
O incentivo à profissionalização desse setor é essencial. Enquanto houver crescimento de mão de obra qualificada, o mercado de energia solar no Brasil certamente terá ainda mais destaque nos índices globais.
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