Ação do vento em estruturas para painéis fotovoltaicos

Durante a idealização de um projeto de geração de energia solar fotovoltaica, faz-se necessária a análise do terreno, telhado, relevo e edificações próximas, contribuindo assim para o levantamento do potencial de geração do local, considerando o possível sombreamento e área disponível para fixação dos painéis, normalmente instalados em estruturas fixadas no solo, laje ou em telhados.

Em ambos os locais de instalação, a ação do vento irá gerar solicitações mecânicas aos componentes das estruturas de fixação dos painéis fotovoltaicos, e é fundamental compreender alguns conceitos para a correta instalação do sistema.

A NBR 6123 estabelece procedimentos de ensaios e cálculos das forças de vento atuantes em edificações de formato comum, ou seja, os estudos que envolverem edificações de formato anormal requerem estudos especiais, através de profissionais de notório conhecimento técnico do assunto.

O Brasil é dividido pela norma em diferentes regiões de vento, de acordo com as respectivas velocidades básicas de vento, sendo elas por definição: “velocidade de uma rajada de 3 s, excedida na média uma vez em 50 anos, a 10 metros acima do terreno, em campo aberto e plano”. Como resultado desses dados, foi estabelecida a isopleta de vento de acordo com a região:

Para a determinação do distanciamento dos fixadores de painéis fotovoltaicos, além da velocidade básica de vento, existem outras variáveis, destacando-se:

          – Topografia: de acordo com a exposição ou proteção da edificação por conta do relevo, esse fator influenciará aumentando ou reduzindo o vento incidente, sendo as cristas e picos considerados como mais expostos, enquanto vales são mais protegidos.

          – Coeficiente de pressão: é o balanço entre a tração positiva (compressão) e negativa (arrancamento). A angulação dos painéis FV interferem nesse balanço: quanto maior a angulação (latitudes mais ao sul), maior é a ação do vento nos painéis.

– Fator de rugosidade:  trata-se da característica da paisagem que gera maior ou menor interferência nos ventos, como campos abertos sem vegetação ou regiões centrais de metrópoles, divididas em 5 categorias.

Ao desenvolver seus produtos, a Solar Group relaciona as variáveis acima através dos cálculos indicados pela NBR 6123, considerando números conservadores, ou seja, condições em que os ventos seriam mais rigorosos. Além disso, testes através de softwares e/ou ensaios em túnel de vento são realizados.

 

Ensaio de estrutura da Solar Group em túnel de vento

 

Após aplicadas as metodologias acima descritas, são confeccionados os manuais de instalação com as orientações sobre distanciamentos x regiões.

Esses cuidados técnicos durante o desenvolvimento do produto vinculados ao eficiente controle de qualidade da produção viabilizam a garantia de 12 anos para todas as soluções, e tornaram a Solar Group uma referência no mercado de estruturas para painéis fotovoltaicos.

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