Energia solar ultrapassa geração de eólica e passa a ser segunda maior fonte do País

Fonte: Estadão

Por André Borges

Fonte solar chegou a 23.854 megawatts (MW) de potência instalada nesta tarde de terça-feira, 3, respondendo por 11,2% da capacidade nacional, contra 23.754 MW de energia eólica, equivalente a 11,1%; hidrelétrica lidera com 51,3%.

BRASÍLIA – Na tarde desta terça-feira, 3, a energia elétrica gerada a partir de painéis solares passou a ser a segunda maior fonte do País, ultrapassando a capacidade total de produção das usinas eólicas. Hoje, a energia solar só está atrás da geração hidrelétrica.

Os dados compilados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que a fonte solar chegou a 23.854 megawatts (MW) de potência instalada, respondendo por 11,2% da capacidade nacional, contra 23.754 MW de energia eólica, equivalente a 11,1%. A energia hidrelétrica responde por 51,3% do parque nacional, com potência de 109.719 MW.

As demais fontes da matriz elétrica são, nesta ordem, usinas a gás natural (8,2%), biomassa (7,8%), diesel (4,%), carvão mineral (1,7%) e nuclear (0,9).

Dos 23,9 mil MW de potência instalada da fonte solar no País, 16,2 mil MW são da geração distribuída, aquela que está instalada em telhados e pequenos terrenos. Outros 7,7 mil MW têm como origem as grandes usinas centralizadas.

“O avanço da fonte solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. A tecnologia ajuda a diversificar a matriz elétrica do País, aumentar a segurança de suprimento, reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e proteger a população contra mais aumentos na conta de luz. Também fortalece a sustentabilidade, a transição energética e a competitividade dos setores produtivos”, afirmou Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Koloszuk afirmou que, para o Brasil se tornar a potência sustentável que se almeja, precisa inverter a lógica das políticas energéticas historicamente implementadas no território nacional. “É preciso diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis. É nesta direção que o mundo caminha e é isso que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes”, disse. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta e, com boas políticas públicas, poderemos nos tornar em pouco tempo uma liderança solar internacional.”

No próximo dia 6 de janeiro, sexta-feira, acaba o prazo para os consumidores protocolarem o pedido de acesso da energia solar à rede das distribuidoras, para garantir as regras atuais do sistema que prevê subsídio para quem gerar sua própria energia. Esse sistema prevê que a energia produzida pelo dono dos painéis e que é injetada na rede geral seja convertida em créditos de volta ao gerador.

O Brasil possui hoje mais de 1,5 milhão sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede de energia, com cerca de 2 milhões de unidades consumidoras. A tecnologia está presente em todos os Estados brasileiros, sendo os cinco maiores, em potência instalada, respectivamente, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.

A partir do dia 6, está prevista uma taxação em cima dessa energia injetada na rede, para quem protocolar o pedido de conexão de painéis. Antes desta data, fica garantida a regra atual até o ano de 2045.

Os dados da Absolar apontam que o setor atraiu mais de R$ 45,7 bilhões em investimentos em 2022, um número recorde que inclui obras de grandes usinas e os sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O crescimento foi de 64% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2021 no País. O salto em capacidade foi de de 14,2 mil MW ao final de 2021 para os 23,9 GW ao final de 2022.

De acordo com a associação, os investimentos de 2022 criaram mais de 280 mil novos empregos no Brasil. Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica movimentou mais de R$ 117,1 bilhões em negócios e gerou mais de 705,2 mil postos de trabalho.

Confira a matéria no site do Estadão:

https://www.estadao.com.br/economia/energia-solar-ultrapassa-geracao-eolica-e-passa-a-ser-segunda-maior-fonte-do-pais/

Artigos relacionados

Inversão de fluxo: como integradores podem se destacar com um dimensionamento correto

Com a evolução da geração distribuída no Brasil, a sanção da Lei 14.300 e a aplicação progressiva da Tarifa TUSD Fio B trouxeram novos desafios ao mercado de energia solar. Neste cenário, compreender os impactos da inversão de fluxo de potência e dominar o dimensionamento de sistemas híbridos se tornou uma competência essencial para integradores…

Ver Mais

Dia Mundial da Água: saiba como a energia solar pode ajudar o planeta no combate ao derretimento das geleiras

Quando falamos de energia, a relação com a água é direta: atualmente,  a energia hídrica é a principal matriz energética do Brasil. E neste Dia Mundial da Água, 22 de março, é fundamental refletirmos sobre o uso consciente desse recurso tão valioso para a vida e para o planeta. Segundo estudos da Empresa de Pesquisa…

Ver Mais

Sistemas Híbridos: Solução inteligente para locais com instabilidade elétrica

Sabemos que a energia solar tem sido um dos pilares da transição energética global. Mas existe um novo protagonista que vem transformando o setor e tendo destaque nas regiões com instabilidade elétrica e locais com queda de energia frequente: os sistemas híbridos. Essa tecnologia permite maior autonomia e segurança energética, sendo ideal para propriedades rurais,…

Ver Mais

Saiba como garantir segurança e eficiência na instalação dos sistemas fotovoltaicos.

Trabalhar com sistemas de energia solar fotovoltaica vai além de instalar painéis e ligar fios. É fundamental garantir que o projeto seja seguro, eficiente e durável. Para isso, seguir normas técnicas e adotar boas práticas de instalação faz toda a diferença. Vamos explorar como essas diretrizes podem elevar o nível dos seus projetos e proteger…

Ver Mais