Recursos para içamento de painéis fotovoltaicos

Uma das tarefas mais árduas dos instaladores de soluções fotovoltaicas é o içamento dos painéis e de todos os demais itens que compõe o kit para os telhados. Felizmente existem diversos recursos para auxiliar nessa missão. Conheça alguns deles.

O içamento dos painéis fotovoltaicos para os telhados e coberturas de edifícios residenciais, comerciais ou industriais é uma tarefa que pode ser realizada simplesmente com o esforço físico de profissionais devidamente treinados sobre andaimes e equipamentos de segurança. Entretanto, a utilização dos recursos para esse içamento que iremos enumerar nesta matéria podem facilitar essa etapa e, além disso, evitar acidentes e lesões por esforços repetitivos.

Principal dificuldade: tamanho e formato dos painéis

A principal dificuldade na tarefa de içamento dos painéis não é atribuída ao peso, mas sim ao volume e ao formato desses componentes. Para se ter uma ideia, os modelos de painéis mais utilizados no Brasil variam de 24 a 28 quilos cada, dependendo do tipo e do modelo; entretanto, esses mesmos painéis possuem, em média, pouco mais de dois metros de altura por pouco mais de um metro de largura.

Esse tamanho, aliado a um formato que pode ser “empurrado” pelo vento, torna o içamento mais difícil.

O trabalho de içamento para os telhados e coberturas inclui os demais itens dos kits fotovoltaicos: inversor solar (de 15 a 30 kg), cabos e conectores (de 8 a 10 kg), baterias no sistema off-grid (de 25 a 50 kg. Já no içamento da estrutura de montagem, a dica é pela utilização do Kit 1200, da Solar Group, que pesa somente 8,6 kg e acondiciona melhor os componentes já pensando em facilitar o içamento para os telhados.

A seguir, enumeramos os recursos para içamento de painéis fotovoltaicos mais utilizados no Brasil, apontando suas vantagens, desvantagens e custos aproximados para aquisição de cada um deles.

Talha manual ou elétrica

A utilização da talha é ideal para elevações menores e cargas moderadas. Pode ser manual ou elétrica.

A talha manual (de corrente) é capaz de içar de 500 quilos de peso com segurança. Para isso deve estar bem fixada a uma estrutura saliente, que pode aproveitar alguma extremidade da obra ou ser improvisada com utilização de andaimes, aço ou madeira.

A talha manual de corrente possui custo de apenas R$ 250,00 a R$ 400,00 sendo que a lentidão em cada içamento realizado, é sua principal desvantagem.

Já a talha elétrica agiliza o içamento com cargas de até 300 quilos, ou seja, mais que suficiente para o içamento dos painéis fotovoltaicos. A desvantagem é que necessita ser ligada a uma fonte de energia elétrica. Seu custo é de aproximadamente R$ 1 mil.

As talhas são a melhor opção ao uso de cordas associadas ao esforço físico dos instaladores. Quando utilizadas adequadamente, tomando-se todas as medidas preventivas contra acidentes, são capazes de evitar esforço e minimizar riscos.

Mini guindaste portátil e mini grua guindaste

Tratam-se de soluções semelhantes, unindo uma talha elétrica a um suporte, dispensando a necessidade de fixação em uma estrutura saliente. Existem diversos modelos no mercado, com alguns fabricantes divulgando a capacidade de elevação de até 400 quilos a alturas de até 120 metros. Portáteis, leves e compactos, também exigem ligação em um ponto de energia elétrica. Possuem custo médio de R$ 3 mil.

Plataformas Elevatórias

Desenvolvidas principalmente para dispensar os andaimes e manter os trabalhadores seguros nos trabalhos em alturas, alguns modelos de plataformas elevatórias também admitem o içamento de cargas, incluindo de painéis fotovoltaicos.

As plataformas são montadas sobre veículo de acionamento elétrico e proporcionam mobilidade para os trabalhadores, que podem se deslocar mesmo estando em altura.

As desvantagens são sua incapacidade de operar em terrenos acidentados e a limitação de altura, da maioria dos modelos, a aproximadamente 12 metros. O custo supera a casa dos R$ 100 mil, mas existe a possibilidade de serem alugadas por períodos determinados.

 

Guindastes Aranha

Pequenos e ágeis, são ideais para locais com acesso restrito. Executam o içamento do solo e também do topo de edifícios, pois cabem na maioria dos elevadores. Possui maior capacidade de içamento de pesos que a plataforma elevatória e também podem fazer o içamento dos painéis fotovoltaicos a alturas maiores. Porém, não facilita o acesso dos trabalhadores ao local da instalação, somente a carga. O custo parte de R$ 150 mil, podendo ser alugados por períodos determinados.

Drone industrial

Além dos recursos mencionados, utilizados no Brasil, em outros países já estão sendo feitos testes com drones industriais para içamento de componentes leves e moderados. Essa tecnologia tem mostrado resultados promissores em outros várias partes do mundo.

Como é possível observar, existe variedade de soluções para o içamento de painéis fotovoltaicos e de todo o kit para telhados e coberturas. Já a escolha da melhor solução depende das características de cada projeto.

Norma Regulamentadora (NR) 18

É importante destacar que o içamento de qualquer estrutura no setor da construção civil é uma atividade subordinada à Norma Regulamentadora 18 (NR 18). Ela é composta por 27 capítulos dedicados a garantir a segurança dos trabalhadores em várias situações de risco à saúde.

A NR18 recomenda diversas medidas de proteção contra quedas de altura, para garantir a segurança em movimentação e transporte de materiais e pessoas, além de reduzir riscos em içamentos. É considerada a norma mais importante do “canteiro de obras”.

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