Sabemos que os sistemas de energia solar fotovoltaica funcionam perfeitamente durante o dia. O processo ocorre rotineiramente da seguinte maneira: a radiação solar atinge as placas do painel; essa emissão provoca a movimentação de elétrons; logo, tal produção resulta em uma corrente elétrica. A energia liberada (corrente contínua – CC), entretanto, necessita de um conversor elétrico – no caso, inversor fotovoltaico – para ser transformada em corrente alternada (CA) e, assim, estar apta para uso.
Entretanto, como fazer com que o sistema mantenha o mesmo desempenho à noite ou em períodos nublados?
No sentido de economia na conta de luz, estabilidade energética e aproveitamento integral do sistema fotovoltaico, as baterias solares são peças-chave para a garantia do funcionamento total desse sistema. Elas funcionam como um mecanismo de armazenamento de toda a energia solar produzida em “excesso”, ou que simplesmente não precisou ser utilizada. No geral, permitem que a reserva da energia gerada durante o dia seja utilizada durante a noite ou em períodos de baixa radiação.
As baterias também são adaptáveis aos sistemas off-grid – que é 100% sustentável e dependente da energia solar – e aos sistemas híbridos – que usam normalmente a energia solar, porém fazem conexão com a rede elétrica convencional. Nesse caso, na ausência de energia solar ou problemas no sistema, o consumidor não corre o risco de “ficar na mão”.
Mas nem todas as baterias possuem a mesma capacidade de armazenamento, qualidade ou durabilidade. Por essa razão, é crucial escolher uma bateria que melhor se adapta à sua realidade, levando em consideração que elas podem ter um impacto significativo tanto na eficiência do sistema quanto na economia do usuário.
O armazenamento da bateria contribui não apenas para o reaproveitamento da energia acumulada ao longo do dia, mas também reduz a dependência de fontes externas de energia, como a rede elétrica. A questão afeta diretamente o bolso do consumidor, devido à economia na conta de luz. Além disso, analisar tais fatores é essencial para garantir que o investimento em um sistema solar seja realmente vantajoso.
Sendo assim, compreender as características das diferentes tecnologias de baterias disponíveis no mercado é fundamental para otimizar os benefícios do sistema solar e garantir um equilíbrio entre eficiência, custo-benefício e sustentabilidade.
Veja os principais tipos de bateria solar disponíveis no mercado
A opção de baterias que o mercado oferece atualmente é bem ampla. As ferramentas de armazenamento podem ser encontradas sob variadas marcas, composição, capacidades e preços – podendo ir de R$ 675 até superior a R$ 13 mil.
Atualmente, as principais baterias encontradas são de: íons de lítio, chumbo ácido, fosfato de ferro-lítio, baterias de fluxo ou “flow batteries”, de sódio de enxofre, níquel-cádmio, zinco-ar e alumínio-ar.
Baterias de lítio: as baterias de lítio são bastante procuradas para instalações residenciais e comerciais por razão do ótimo custo-benefício. É um tipo de bateria que possui variedade na capacidade de armazenamento, tem vida útil entre 10 e 15 anos e é prática para carregar e fazer manutenções, o que facilita a vida do instalador.
Baterias de ferro-lítio: semelhantes às baterias de lítio, são uma alternativa para orçamento enxutos, mas que prezam por materiais de boa qualidade.
Baterias de fluxo: as baterias de fluxo costumam apresentar uma durabilidade superior às demais baterias. Também está sendo mais utilizada nas usinas solares.
Baterias de zinco-ar: a categoria é uma das grandes promessas do setor. No quesito sustentabilidade, essa bateria se destaca por praticamente não apresentar impactos negativos sobre o meio ambiente. Além de não emitir poluentes, as baterias zinco-ar disponibilizam alta densidade energética e baixo risco de incêndio.
Baterias de níquel-ar: são excelentes para regiões de alta temperatura, o que a torna resistente às adversidades climáticas. Em contrapartida, não é a opção mais amigável para o meio ambiente, pois sua composição metálica é altamente tóxica.
Baterias de sódio-enxofre: são opções duradouras e adequadas para ambientes que possuem um sistema de refrigeração ou para serem implementadas em situações que necessitem de uma quantidade de bateria em larga escala.
Baterias de chumbo-ácido: geralmente, podemos encontrá-las em preços mais acessíveis, entretanto, são praticamente as “pioneiras” do mercado, e por isso carecem de atualização e não possuem os mesmos recursos ou vida útil das baterias citadas anteriormente. Cabe a reflexão se realmente compensa adquirir esse tipo de peça.
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